sábado, 30 de setembro de 2017

ANTES DE OUTUBRO...




Registrei os dias de setembro nas frases que nasceram de mim.

Ontem fui ao cinema e assisti: Até nunca mais! Eu também quero me despedir de fantasmas que me assombram.

Hoje calcei coragem e fui caminhar. É preciso ter bom condicionamento físico para resistir à preguiça, não olhar para cama ao acordar e lembrar que a vitamina D está lá fora me esperando.

A vida amanheceu linda no céu azul.

O vento me chamou e eu fui. Levei meus sentidos para caminhar.

Silêncio...
Silêncio é aquele momento que o barulho é só meu.

Tempo seco, sem chuva, mas o dia continua lindo! Eu em meio a uma tempestade escuto música.

Hoje regressa. Para quem espera parece bagagem que volta de viagem: sentimentos que não cabem no peito, desorganização total.

Domingo é pausa para descanso, amanhã continuo a escrever a minha vida...

A segunda-feira já começou me cansando... Mas também me alegrou com Alecrim, presente de amiga.

Sabe aqueles dias mansos? Foi assim hoje.

Tudo que fiz hoje foi para que amanhã tudo dê certo.

E então é assim... A vida são desafios. Venci o meu de hoje.

Hoje começou a primavera com meu desejo de sentir perfume de flor e de terra molhada.

Quando passamos por situação difícil, quando ela passa, retornamos à calma e olhamos o mesmo lugar com encantamento de tudo novo.

Coisa rara...

Recebi uma amiga em casa. Ela me trouxe flores e guloseimas. Conversamos a tarde toda.

Hoje o dia amanheceu preguiçoso, silencioso, calmo, gostoso... Sei que é temporário, mas deixe-o dormir um pouco mais.

A mãe assopra o machucado: "Vai passar". Olho para a minha tristeza: "Vai passar".

Ontem à noite eu assisti a uma partida de futebol. Enquanto torcia me esquecia dos meus enfrentamentos. Como é bom dar uma pausa!

Noite com chuva. Ela chegou nas minhas plantas, no meu chão. Lava meus sentimentos...

Depois da chuva veio o dia quente. O vento apaziguou a manhã e a mim também...

Joyce Pianchão


domingo, 24 de setembro de 2017

FELIZ ANO NOVO!





Acordei assim, sim, com sessenta e dois anos de vida.
Agradeci a vida, a nova vida!
Estou feliz!
O coração, apesar de, bate tranquilo. Sinto a vida com tudo que ela me reserva.
Eu me emociono com os abraços e mensagens que recebo. A emoção é vida!
Escrevendo aqui paro um instante para assistir a dois vídeos no Facebook: no primeiro um rapaz diz de qual “cura” a sociedade realmente precisa. Concordo com ele quando diz que é preciso substituir o ódio pelo amor, principalmente pelos nossos diferentes. Sou também os outros, isto é vida!
O segundo vídeo é de uma jovem mãe descrevendo o caminhar do seu pequenino todas as manhãs, no trajeto para a casa da avó. É uma lição da simples felicidade observada por ele nas coisas e pessoas. Tão simples amar!
Logo depois que a minha mãe faleceu, um mês antes do meu aniversário, tive um sonho com ela me dizendo “Feliz ano novo”.
Sempre quando começamos um novo ano, nos sentimos renovados, fazemos um balanço e tentamos seguir em paz, conservando o que aconteceu de bom e se desfazendo do que não tão bom foi. Mas nem sempre é possível deixar no ano passado tudo liquidado, ficam pendências.  Estou com algumas...
Há algum tempo eu corria de uma cirurgia, até que recebi um ultimato do médico e fiz, fiz agora, dias antes dos sessenta e dois. O medo era maior do que o fato em si. Estou bem, com uma vontade danada de viver a vida.
Outra cirurgia também precisa ser feita, esta é mais complicada, não é física, é sentimental, preciso arrancar de mim o que me faz mal. Preciso retirar dores já vividas, que não sei por que as conservo em mim. Sei que vou sentir nova dor, novo medo. Mudanças e desistências também causam dor. Mas é dor boa, que depois de vivida vem acompanhada de um feliz ano novo!

Joyce Pianchão

sábado, 9 de setembro de 2017

AINDA EM SETEMBRO


Ainda em setembro, ainda... 
Este mês será longo, longo de esperas. 
 Que o quem tem que ser resolvido, assim seja.O que tem que ser feito, que se faça. Depois eu repouso, me recupero e sigo, assim espero.
Dia frio, vento forte, o sol não sabe se vem ou se esconde. Estou assim como ele, não sei se vivo o dia, ou deixo que ele se vá.
 Ontem antes de adormecer agradeci o dia sereno, sem sobressaltos, sem aperto no coração. Eu agradeci a pausa para descanso.
Hoje acordei com vontade de permanecer na cama, tive que levantar, trocar de roupa, preparar o meu café... Peguei o livro de leitura, recostei nos meus travesseiros e me deixei ficar.
Ainda tenho a tarde para viver, a noite para agradecer.
 O que está por vir? 
Ainda não sei, mas meu peito sabe e já sente.
Mas estou em pausa, sábado de cinema à tarde.
Olho para o dia e vejo a vida, basta para meu coração se aquietar.
Setembro...
Saudei a sua chegada e ainda espero pela sua promessa de trazer a primavera para mim. 
Bem sabe o quanto gosto das plantas, das flores, das árvores principalmente.
Eu sou natureza, sou naturalmente feliz junto ao verde,que não me canso de procurar nos cantos da cidade.
Moro entre carros, prédios e pessoas que andam sem tempo.
Olho para o alto para ver o céu, ao longe avisto montes, vejo o verde, evito olhar para outros olhos, quero esquecer que sou gente. 
Quero ser céu azul, nada mais que isto,pois não há nada mais prazeroso e confortante do que esta imagem de cor e amplidão que toma conta de mim e me deixa ser feliz por um instante que seja.
Assim sou setembro, nasci neste mês, vivo nele a primavera. Mesmo que ele se alongue na secura dos dias sem chuva.
Volto a ser pessoa no momento em que escrevo. 
 Escrevo para mim.  É assim que tento me entender. Nem sempre consigo,mas as palavras são remédio para meus sentimentos incompreendidos.

Joyce Pianchão

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

NOVO SETEMBRO COM PROMESSA


A vida nem sempre é bela, mas é vida viva.

A vida nem sempre nos dá caminhos floridos, mas caminhos com pedras que nos fortalecem.

Não somos felizes todos os dias, mas todos os dias somos pessoas que querem ser.

É assim...
Setembro chega num dia nublado na minha janela, mas com promessa de primavera.

Joyce Pianchã0