quarta-feira, 26 de julho de 2017

EU LEIO CLARICE LISPECTOR




Eu li mais um romance de Clarice Lispector: Um sopro de vida e me encontrei nele:

 (...) Saber desistir. Abandonar ou não abandonar – esta é muitas vezes a questão para um jogador. A arte de abandonar não é ensinada a ninguém (...).

Não me ensinaram, mas aprendi que devemos sim reavaliar as nossas escolhas e saber quando avançar ou recuar. Recuo hoje e planejo um novo caminho.

(...) É tão ótimo e reconfortante um encontro para as quatro da tarde. Quatro horas são do dia as melhores horas. As quatro dão equilíbrio e uma serena estabilidade, um tranquilo gosto de viver (...).

Acredite se quiser! Sempre fui uma apaixonada pelas quatro horas da tarde, mesmo quando o encontro é comigo mesmo.

(...) Deve haver um modo de não se morrer, só que eu ainda não descobri. Pelo menos não morrer em vida: só morrer depois da morte (...).

O jeito que eu encontrei de me manter viva e feliz é reprogramar os meus dias sempre que for necessário mudar para sentir-me parte do hoje.

E então...
Hoje, à tarde, eu fui a uma livraria e comprei mais um livro de Clarice: A hora da estrela.
Logo mais, termino o dia, tomando um chá e lendo... Assim eu rego a vida.

Joyce Pianchão
Julho/2017

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