No início do segundo mês do ano, eu paro e
reflito como estão as coisas. Resolvi, com sessenta e um anos, que a cada mês assim
farei.
Quando cuidamos do nosso filho bebê, cada mês é
uma festa, uma evolução, uma coisa nova: Vejam só o que ele já está fazendo! Na
fase de vida que estou a cada mês dizem: Olha só o que ela ainda faz!
Brincadeira a parte, para mim é um presente,
uma nova oportunidade, é uma vontade de aproveitar a vida, de não perder tempo
com o que não vale mais a pena.
Eu começo este mês, muito bem comigo mesmo.
Eu me programei para amanhecer pensando em me
cuidar.
Ás vezes
eu acordo desanimada, sem ver sentido naquele amanhecer. Então eu dialogo
comigo mesmo. Isto mesmo! Eu não sou uma só, sou duas em uma. E sempre quando é
preciso uma conversa com a outra: “Ei, esta não é você!” É só exercitar, dá
muito certo. Tente!
Depois
desta conversa interior, de focar para as coisas positivas, eu sou corpo e
mente para mim. Os meus ouvidos escutam música e meus olhos se acalmam e veem a
vida melhor. E de repente, eu me vejo toda disposta, fazendo isto e aquilo.
Só depois desta terapia matinal, estou pronta
para cuidar dos afazeres domésticos, das pendências do dia, de escutar as
notícias do país e do mundo.
A vida não está fácil! A política não sabe que
rumo vai tomar, doenças adormecidas estão de volta, a violência escancarada por
todos os lados, respeito é coisa para ser revista em casa e na escola.
Haja terapia matinal para ser uma senhora de
bem com a vida!
Eu tento e continuo olhando para o céu, ao
acordar: Bom dia, Vida!
Joyce Pianchão