segunda-feira, 5 de setembro de 2016

EU DE MANHÃ



Eu faço parte
da manhã,
do céu azul,
do vento,
do mês de setembro,
do fim de inverno,
da espera da chuva...
E então eu endireito meu corpo, levanto a cabeça e deixo que meus olhos apreciem:
o dia tingindo de azul e dourado, de verde, de outras cores também.
O vento saudando as folhas das árvores, a grama, as águas do rio, as pessoas, os bichos, o asfalto, todas as coisas, bonitas ou não...
Pessoas apressadas passam na passarela, não sei se reparam o dia, correm para o trabalho.
Abaixo da passarela algumas pessoas andam apressadas, outras caminham, umas conversam, outras são somente pensamentos. Trabalham o corpo e a mente, o coração bate agradecido, estas sentem o dia.
Um pássaro branco e azul, dialoga com o rio,
eles se entendem.
Cachorros acompanham alegremente seus donos,
eles se completam.
Vejo meninos com mochilas nas costas, já deviam estar na escola, mas do jeito que caminham, com olhos curiosos, parecem querer errar o caminho...
O meu caminho, porém,
uma certeza me traz, faço parte de tudo isto.
 Sou dia, sou vida, sou do mês de setembro.

Joyce Pianchão


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