quarta-feira, 27 de julho de 2016

Não poderia deixar de falar dela...



Gente boa de verdade

Pequena ela era, mas de uma fortaleza sem tamanho.
Quando seu último filho nascia, tivera sete, seu marido falecia.
A jovem mulher, de sangue espanhol, do trabalho não fugiu e seus filhos ela pôs-se a criar.
Não se preocupava muito em guardar, no dia que seu salário recebia era fartura com certeza!
Seus filhos homens e mulheres se tornaram.
Ela então, na casa agora vazia de filhos, decidiu que era hora de um novo amor viver e viveu!
Lembro-me dela, perfumada, bem arrumadinha, com presentes no dia de aniversário de seus netos. Nunca ela faltava. E ele, seu companheiro, ali do seu lado, até o fim ficou!
Tendo festa ou não, lá vinha ela, da data não se esquecia nunca! E por nós, crianças, sempre aguardada, porque com certeza tinha presentes e balas. E naquele tempo estes agrados eram raros...
Almoço de domingo, férias, lá em sua casa era com certeza lugar certo de encontros da família.
Não tinha dia e nem hora, mesa com guloseimas era coisa certa.
Mas um dia, o que era doce se acabou.
Ela se foi, eu chorei como criança, que sabia do que se privava Aprendi então que a vida é assim, cheia de momentos únicos, lembranças e saudades...   
Minha avó Ana, porém, me ensinou que a vida tem que ser vivida intensamente, se possível, rodeada de pessoas boas de verdade, como ela!

Joyce Pianchão

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