Hoje terminei de ler o segundo volume de
crônicas de Manuel Bandeira:
“Crônicas inéditas 2”.
Já havia lido “Crônicas da província do Brasil”
(volume 1) e também “Manuel Bandeira -50 poemas escolhidos pelo autor”.
Despeço-me agora deste volume que me fez
companhia por um bom tempo. Tempo este precioso, de linguagem apurada, de
interessantes informações de uma época de escritores, poetas, artistas plásticos,
músicos, arquitetos, que conhecemos pela perpetuação dos seus feitos, porém nas crônicas de Manuel Bandeira são ainda
vivos, como Machado de Assis, que um dia, já senhor, pegou o bonde junto com
Bandeira. Vinícius de Morais que teve os seus primeiros poemas apreciados por
Manuel Bandeira, que também apreciou as primeiras exposições de Guignard e
Portinari. O tempo das trocas de cartas com Mário de Andrade, onde se percebe
amizade de uma vida inteira. E por aí vai Bandeira descrevendo esta gente
apreciada ainda nos dias de hoje. Lugares como Minas, Rio de Janeiro, Pernambuco, nos anos 30 e 40, são também descritos pelo cronista, outras vezes pelo poeta.
Em um comentário, das muitas impressões
literárias de Bandeira, como cronista de jornais e revistas, destaco este trecho de um poema de Eulálio Mota, por ele citado, para finalizar os belos
momentos por mim vividos ao ler este volume:
“... a
Felicidade
Vem até nós, vive conosco... e depois,
Somente depois, é que sabemos
Que ela veio, que viveu conosco... Depois...
Somente depois!”
Eu tive a sorte de sentir e viver a felicidade
de ler Manuel Bandeira, em prosa e verso. Foi ele que fez crescer o meu
interesse por crônicas e entender e apreciar mais o gênero poema.
Joyce Pianchão
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