Hoje somos mulheres que se aposentam da
profissão, mas não dá vida.
Somos
independentes, vaidosas e bem informadas. Muitas de nós moram sozinhas, outras
que têm o companheiro em casa programam com ele viagens e deixam os filhos
loucos, quando anunciam que já foram.
Atualmente quando aposentamos (da profissão)
queremos mais tempo com amigos, namorar, ir aos eventos culturais, viajar e
trabalhar!
É isto
mesmo! Trabalhar naquilo que não fizemos antes, aventurar no novo. Queremos
também entrar no shopping e encontrar roupas feitas para nos atender. Não
queremos ser jovens, já fomos. Não queremos acompanhar os mais novos nas
roupas, nos esportes radicais. Queremos sermos nós mesmas, com a nossa idade,
nossas limitações, nossa liberdade de ser, vestir, sentir, ir e vir. Estamos
vivas e temos direito ao nosso espaço.
O nosso
tempo? É agora, o presente, o mundo atual.
Eu estou com sessenta anos, recentemente
aposentada e meu filho me perguntou se eu quero que ele me ensine a andar de
bicicleta. Ele já entendeu que estou de bem com a vida.
Mas tem muita gente por aí reclamando que não
estão nos atendendo como merecemos, afinal, continuamos consumidoras.
Será que
pararam no tempo? Não estão dando conta de nos acompanhar?
Passeando pelo facebook ontem, na página “50 e
mais”, a jornalista Denise Ribeiro, deixou registrado o seu (nosso) desabafo,
no qual destaco:
"(...)
Portanto, senhores anunciantes, acordem: estamos experimentando a revolução da
longevidade. Essa nova geração de idosos tem muita vida pela frente e está
apostando numa longevidade sustentável (...)".
Denise
disserta sobre a necessidade de nos sentirmos inseridas no mercado de trabalho.
Que não queremos somente ser vistas como idosas alegres, imitando o que os
jovens fazem. Queremos mostrar que a nossa experiência de vida pode nos levar
por novos caminhos a serviço da sociedade.
Não
queremos somente lazer e saúde (Denise Ribeiro afirma que disto já estamos bem
informadas e nos cuidando). Queremos participar ativamente, aprender coisas
novas, passar adiante o que sabemos e o que podemos fazer por nós e pelos outros.
Ainda
no facebook, no “Projeto 60 anos”, Cláudia Carrato responde aos seus seguidores
na página. Abaixo um trecho do seu texto:
“De
tempos em tempos venho aqui para esclarecer algumas reclamações que tenho na
página. Tenho duas frequentes, a de que as mulheres que vestem as roupas aqui
nem sempre são da nossa idade e que só posto moda para magras” (...).
Vejam
só! Aqui também as mulheres reclamam que o que estão vendo por aí na moda, não
correspondem às suas necessidades.
Então
fica a dica: Estamos vivendo mais e melhor. Queremos diversão, trabalho e moda
para nós.
Aguardamos
gente moderna e atualizada para atender a nova geração de mulheres com mais de
50, muito disposta a viver a vida com tudo que ela lhes reserva.
Joyce
Pianchão
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