Não estou infeliz, nem maldizendo a vida. Não estou
reclamando.
Só estou triste...
Acordei e olhei o céu azul e agradeci mais um dia, como faço
todos os dias.
Fui fazer a minha caminhada matinal e agradeci mais esta
oportunidade.
Mas continuei triste...
Encontrei gente, vida nas pessoas, nas árvores, no ar, no
bom dia, na amiga.
Voltei para casa, tomei meu banho frio e agradeci a água que
pelo meu corpo caia.
Assentei para almoçar e agradeci o alimento.
Mas quando fazia o almoço, não fiz como faço sempre, ligar o
rádio e escutar as notícias.
Acho que quanto a isto, tudo certo, todos nós estamos
saturados das últimas notícias, não é mesmo?
Música também não quis escutar.
E assim foi transcorrendo o dia e eu fui fazendo o que tinha
que ser feito.
Será tristeza mesmo o que sinto?
Será resultado de alguns últimos acontecimentos que me
levaram a alegria?
Ou será simplesmente um descanso, uma pausa da alegria, da
euforia, da corrida, do saber, sei lá!
Será o calor excessivo desta terra que não dá refresco?
Agora no fim da noite, começo a planejar como será o dia de
amanhã.
Melhorando?
Será o prenúncio de mudanças, de arrumação nas gavetas
internas, aquelas onde mantemos tudo organizadinho, tudo no seu lugar?
Vontade de bagunçar tudo, tirar tudo da ordem, fazer uma
faxina.
É isto mesmo!
Amanhã é outro dia. Dia de faxina!
Joyce Pianchão
abril/2016
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