domingo, 13 de setembro de 2015

EU LEIO E COMENTO



GRISALHA? NÃO, OBRIGADA



Quando leio um livro que me faz refletir, rir, pensar na vida, nas pequenas coisas do cotidiano ou então quando termino a leitura e tenho a sensação de que foi escrito para mim, que fui eu que escrevi, ou ainda, sinto um grande conforto de saber que tem outra pessoa que pensa e vê como eu vejo, me sinto grata, muito grata pela leitura.
Não preciso ler somente o que vai de encontro com aquilo que acredito, mas que saiba compartilhar dúvidas, medos, indecisões, que não tem receitas prontas, mas divide com os seus leitores o que deu certo, superações pessoais, que nos fazem ter vontade de experimentar e viver!
Vou de encontro a tudo isto quando leio Martha Medeiros.
Já li vários dos seus livros e ultimamente estou lendo Felicidade Crônica.
Hoje comento aqui a crônica “Grisalha? Não, obrigada”.
Nesta crônica, como o título já diz, ela, Martha Medeiros, não aceita o cabelo grisalho. Todinho branco, com um bonito corte, ela até concorda que fica bem, é aceitável, mas grisalho, o dela ainda não! Pelo menos era assim que pensava em 2008, quando escreveu este texto. Quem sabe ela mudou de ideia?
Já escrevi aqui neste espaço sobre quando decidi deixar os meus cabelos brancos. E me lembro bem quando o cabeleireiro me disse para clarear gradativamente. Primeiro deixei de passar a tinta escura e comecei a fazer só luzes. Todos achavam que eu havia optado por ficar loura, mas o cabelo foi clareando cada vez mais. Só fiz duas vezes as luzes, depois fui deixando o branco tomar conta do espaço.
Foi assim que eu dei o tempo necessário para que eu me aceitasse com o novo visual. 
Martha, eu tive que passar pelo grisalho, o caminho é este. Acredite!
 Hoje eles não estão ainda totalmente brancos, mas aguardo muito segura por eles.
Esta experiência é muito rica e madura para ficar reduzida somente aos cabelos, pois nada na vida dá para pular de uma fase para outra sem passar pela fase intermediária, pois é esta a fase que nos faz refletir, ter tempo para tomar novas decisões, receber com segurança as críticas positivas ou não e o mais importante tomar a decisão definitiva, se queremos mesmo seguir ou recuar. Pois é nisto que aprendi a acreditar, primeiro a aceitação deve ser feita por nós e depois vem os outros.
Eu decidi, na fase intermediária, seguir em frente! Feliz, segura, de bem com a vida e de cabelos brancos, depois de tê-los grisalhos, claro!



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